Postado por Mateus Lencina em 06/12/2017 - Sem Comentários
A Gestão de mudanças é uma prática que tem foco principal nas adaptações da gestão organizacional, aplicável a qualquer transformação passível de impactos internos e/ou externos que podem afetar a cultura organizacional. A GM busca trabalhar com todos os níveis organizacionais, sendo indispensável para o planejamento operacional, tático e estratégico, proporcionando à alta direção uma visão ampla de todos os riscos
As mudanças podem ser caracterizadas, analisadas e mensuradas em todo e qualquer processo ou alteração, seja interno ou externo, podendo ser aplicada em alterações de estratégias comerciais, funções internas – alterações de premissas como missão, visão e valores – ajustes de procedimentos e processos internos, mudanças de práticas de gestão, até mesmo a mudança de mesa em um setor específico pode ser avaliado, pois dependendo de seu nicho de mercado, uma simples mudanças é capaz de impactar diretamente na acessibilidade e relacionamento com seu cliente, então é preciso de um olhar crítico para tudo que é pertinente dentro da organização. Devido sua grande gama de possibilidades, a gestão de mudança vem se destacando no âmbito da gestão, pois possibilita uma visão sistêmica sobre às diversas variáveis em um processo de mudanças.
“As espécies que sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim, aquelas que se ADAPTAM melhor às mudanças” – Charles Darwin
Por estar diretamente ligada com a norma ABNT ISO 9001:2015, a gestão de mudanças é uma ferramenta que proporciona uma conformidade nos processos, também por estar está intrínseco a mentalidade de riscos, a analise das mudanças direciona um adequado planejamento e controle e com isso aumenta gradativamente a qualidade na prestação do serviço/produto de modo que garanta a satisfação das partes interessadas. E para isso é necessário cumprir algumas premissas.
Riscos e impactos – com a mentalidade de risco intrínseca em sua análise, avalia as possíveis ocorrências futuras e onde haverá mais impacto negativo dentro da organização.
Oportunidades – avaliar as extensões possíveis que podem trazer resultados positivos a outras áreas da gestão
Comunicação – informar as partes interessadas das mudanças ocorridas e disseminar corretamente o que foi realizado.
Recursos – capitar e medir as necessidades financeiras, pessoais e materiais que são indispensáveis para as mudanças ocorrerem.
Pessoas – comprometer e empenhar os colaboradores no entendimento e implementação, para fim de garantir a eficácia das mudanças.
Tecnologia – os meios tecnológicos são imprescindíveis, por isso é necessário sempre estar alinhado com as tendências, pois a tecnologia oferece eficiência e excelência para a gestão e não seria diferente nas mudanças.
Como todas as outras práticas de gestão, as mudanças precisam de muita atenção e empenho, pois precisa ter eficácia e resultado sendo assim, não é nada simples ou fácil as implementações. As mudanças não ocorrem rapidamente, por isso é imprescindível levar em consideração todas as etapas, e garantir que as partes interessadas estejam cientes para que diminua a resistência durante o processo.
Por ser um meio de adaptação ao novo, é bem provável que ocorra uma negativa das mudanças por parte das partes interessadas, pois muitas vezes alcança a chamada zona de conforto afetando a forma que vinha sendo efetuado o processo ou procedimento.
Quando o índice de satisfação em uma área aumenta de forma preocupante, a alta direção precisa ter o feeling sobre a situação e determinar que as mudanças sejam realizadas, pois os resultados e a performance devem ser priorizados, pois são um grande diferencial competitivo. Todos os alertas devem ser considerados e para ter eficácia nos processos de mudança é pertinente cumprir algumas premissas indispensáveis.
Identifique e liste os motivos para a mudança: o porquê da mudança deve ser muito bem avaliado, principalmente qual o benefício será buscado. Estipule previamente tudo o que se espera, assim diminuirá os imprevistos e aumentará a possibilidade de sucesso do processo.
Identifique os riscos pertinentes: definitivamente gerir a mudança exige avaliação contínua do seu impacto, das suas vontades e capacidade para lidar com as consequências e possíveis causas, de cada etapa da mudança. Então é preciso um olhar crítico para as possíveis impactos, com base nos dados já levantados e que serão efetivos para a mudança.
Comunique as partes interessadas: Garantir que haja uma comunicação clara e objetiva das razões para a mudança, e principalmente planejar como e quando as mudanças serão realizadas. Ruídos na comunicação pode gerar diversas insatisfações e até mesmo possível perda de parceiros, pois ninguém gosta de ser pego de surpresa.
Equipe Interna: Certificar-se de que pessoas envolvidas ou afetadas tenham ajuda e apoio durante tempos de incerteza e turbulência, principalmente para assegurar que as pessoas compreendam o processo. A equipe é uma importante parte interessada, pois é quem faz a “maquina andar” e quem colocará tudo em prática e se não engajar todos, os impactos são inevitáveis, seja direta seja indiretamente.
Planeje e execute as ações: Garantir a eficácia e monitoramento em todas as fases da implementação, os planos de ações devem ser alinhadas e coerentes com o objetivo da mudança, e assim como elas destacar os responsáveis por cada etapa ficando claro o que se espera em todas as etapas.
Controle antes, durante e após a mudança: o monitoramento de eficácia das mudanças deve ser muito bem controlada. Os meios são diversos para esse controle, podendo usar ferramentas como indicadores, análise crítica e reuniões entre outros, o importante é adequar o meio mais eficaz de gerenciar.
Então, depois de entender toda a importância da gestão de mudanças e principalmente como fazer esse gerenciamento, chegou o momento de pôr em prática e potencializar sua gestão!